Araxaense ajuda a criar cartilha para CBF com orientações para brasileiros que estão no Catar
Os torcedores brasileiros que foram ao Catar para assistir aos jogos da Copa do Mundo estão se deparando com costumes e estilos de vida bastante diferentes no país anfitrião da Copa do Mundo 2022. Por isso, a integração entre brasileiros com a cultura catari é uma das preocupações do Instituto SHE, criado para promover o empoderamento feminino e os direitos dos refugiados. O instituto elaborou uma cartilha para turistas que vão torcer no Catar. De acordo com Roberta Abdanur, diretora do Instituto, o mais importante no contato entre os povos é a noção de que o visto como “restrição” para uma cultura pode ser considerado “respeito” por outra. O Catar tem uma das menores taxas de criminalidade do mundo, com combate especial ao assédio contra mulheres e crianças. Segundo Roberta, o respeito à privacidade pauta muitos costumes. Por exemplo, é considerado ofensivo tirar fotos ou filmar pessoas sem autorização. No caso das roupas, os turistas também podem estranhar, já que trajes de banho são permitidos apenas em hotéis. A regra exigida para homens e mulheres permanecerem em locais públicos é estar sempre com ombros e joelhos cobertos. Diferentemente do Brasil, o consumo de bebidas alcoólicas no Catar é proibido em quase todos os locais. E relações sexuais entre pessoas não casadas ou do mesmo sexo também podem levar à prisão. Roberta Abdanur explica que é importante pontuar as violações quando ocorrem, mas não se pode julgar toda uma nação por conta disso. Roberta ainda considera que o país sede do torneio mundial de futebol tem a receptividade como algo em comum com o Brasil, por causa dos expatriados. Mais de 80% da população de quase 3 milhões de pessoas do Catar é composta por imigrantes.