Julho no Memorial Maurício Rosa: Museu da Escrita recebe estudantes e escritores
Para estudantes de várias idades de Araxá e até para escritores de outros estados, o início do mês de julho, foi de volta ao passado e de descobertas fascinantes, através de uma viagem pela história contada com riquezas de detalhes pelo Memorial da Escrita e Imprensa Maurício Rosa de Araxá.
Criado a pouco mais de um ano em Araxá, o espaço cultural e histórico, já virou ponto de visita obrigatório para estudantes, turistas e principalmente para os amantes das letras e da escrita.
Dotado de um acervo de máquinas, documentos, impressos e mobiliário, o Museu conta a história e a evolução da escrita e da imprensa com destaque principalmente para o ofício da tipografia. Além do maquinário datado do início de 1900, também chamam a atenção dos visitantes, os impressos antigos, como jornais, convites, panfletos, cartazes e livretos todos confeccionados no método tipográfico, contando a historias de eventos e personagens do passado araxaense.
No dia 29 de junho um grupo de 50 estudantes do projeto EJA – Educação de Jovens e Adultos da Escola Estadual Professora Leonilda Montandon – Caic de Araxá, liderados pela professora Vívian Sardinha, visitaram o Memorial Maurício Rosam durante a noite. O grupo formado por alunos de idades entre 15 e 65 anos permaneceu por mais de duas horas no espaço do Museu. Conheceram a história da escrita, descobriram como o processo de impressão evoluiu através dos tempos e voltaram no tempo com o rico acervo de máquinas e impressos do passado. A professora Vivian Sardinha, disse que, “o espaço interativo do Memorial da Escrita Maurício Rosa, surpreendeu a todos, inclusive a nós professores. Os nossos alunos ficaram muito felizes no que vieram e apreenderam. Pois a história, o acervo e as impressões antigas, serviram para complementar na prática, o conteúdo teórico que os alunos aprendem na teoria na sala de aula”. Certamente conhecer de perto e poder vivenciar na prática um pouco da história da evolução da escrita e da imprensa, em tempos de internet e inteligência artificial é poder valorizar tudo que foi realizado e trabalhado para que pudéssemos chegar a realidade de hoje”.
No último sábado, dia 8 de julho, em pleno Fliaraxá, o Museu recebeu as ilustres visitas dos escritores paulistas, Iraíldes Macedo e Liérte Penna, que vieram lançar em Araxá, o livro; “Malícias, Alícias e Poesias”. O escritor e engenheiro Liérte, disse que, “eu fiquei encantado de verdade com a importância do Memorial Maurício Rosa para as novas gerações que só conhecem internet, celular e redes sociais. O Museu da Escrita é uma aula prática quando o assunto é contar com detalhes a evolução da imprensa e da escrita. Muito bom mesmo” . Iraíldes também foi enfática em revelar toda a emoção e nostalgia em conhecer a história do Memorial. “ Olha, pra mim foi uma surpresa muito positiva. Eu jamais imaginaria que poderia encontrar no interior de Minas – Araxá – um espaço tão rico, que se dedica a contar com riquezas detalhes e de forma tão leve, a história da evolução da nossa escrita. Uma viagem fantástica”.
Está semana, nas manhãs de terça e quarta, três turmas de quarto ano da Escola Municipal Padre João Botelho, com idades entre 9 e 10 anos; liderados pelas professoras; Eliana de Fátima Pereira Garcia, Edna Aparecida de Souza Batista, Eliane Ferreira de Lima Alves e Ana Paula Siqueira Schvartz. Ao todo foram 75 anos que conheceram o Museu da Escrita e ficaram fascinados com tanta história das máquinas e ferramentas antigas da tipografia e escrita, que foram fundamentais para a evolução da escrita mundial. Segundo a professora Eliana Garcia, “foram visitas muito especiais pra nós educadores e também para nossos alunos. Conhecemos e aprendemos juntos muito da história da escrita e como ela se desenvolveu ao longo dos ano”. Ainda de acordo com a professora, “a nossa visita ao Museu não foi por acaso. Nossos alunos estão participando do Projeto da Secretaria Municipal de Educação, que é o Concurso Experiência Pedagógica. E nós da Escola João Botelho, decidimos desenvolver o projeto, “Aconteceu, Virou Notícia – Botelhinho em Ação”. O objetivo dos estudantes é realizar trabalhos destacando acontecimentos do nosso cotidiano da nossa cidade, conhecer a história da imprensa local e no mês de agosto, publicar um jornalzinho com textos produzidos pelos alunos, com, capa, contra capa e oito páginas. Vamos produzir cerca de 200 exemplares”. Sobre a visita dos alunos ao Memorial da Escrita Maurício Rosa, a professora Eliana, disse que, “nos e os alunos ficamos maravilhados com o acervo, a história e as ferramentas utilizadas através dos tempos para se imprimir jornais, revistas entre outros. O que chagaram mais atenção dos alunos foram as máquinas de datilografia e a prensa. Foi uma grande aula de história na prática pra todo mundo”, concluiu a professora Eliana.
