Livro A Caçada é lançado em festivais literários de Minas e São Paulo

O escritor Luiz Humberto França segue na maratona de divulgação do seu novo livro A Caçada. No final de julho, o lançamento foi em Divinópolis, na Boutique do Livro, uma das livrarias mais tradicionais do interior de Minas. Muitos amigos que França fez quando morava na cidade compareceram para conhecer o novo trabalho. O livro foi destaque em entrevistas nas rádios Sentinela e Minas.

Na semana passada foi a vez de São Gotardo. O livro A Caçada foi lançado na FlliSangô, primeiro festival literário da cidade. França participou de uma mesa com o tema mineiridades literárias, mediada pelo escritor local Leonardo Camisassa. “ É extremamente relevante participar de festivais no seu início, no sentido de apoiar a iniciativa, para que ela dure muito tempo, sempre abrindo espaços para nós os autores regionais, comenta França.

De Araxá também participaram, Rafael Nolli e Lisa Alves. O festival de São Gotardo contou ainda com grandes nomes nacionais como Bráulio Bessa, Zeca Camargo e Gabriel Perissé.

FIL

Na agenda, o próximo compromisso nesse fim de semana em Ribeirão Preto durante a FIL- Feira Internacional do Livro que terá como tema central: Do Caburaí ao Chuí: a força da literatura brasileira, homenageando principalmente Ariano Suassuna e Carolina de Jesus. Presença em especial  de Ignácio de Loyola Brandão, Mary Del Priore, Arnaldo Antunes, Xico Sá e Tom Farias.  O lançamento de A Caçada acontecerá nesse domingo, dia 21 de agosto, as 17 horas no Centro Cultural Palace. 

A FIL é considerada uma das maiores feiras literárias do pais, está na sua vigésima primeira edição e é organizada pela Fundação do Livro e Leitura. A maratona de lançamento de A Caçada continua em outubro, França irá participar da FLITI- Festival Literário de Tiradentes entre os dias 7 e 9 e em Uberaba do Elicer- Festival Literário do Cerrado, de 24 a 29

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Resenha do livro A Caçada, livro de Luiz Humberto França

                                                                                 Por Renato Muniz B. Carvalho

Escritor, professor, especialista em educação, mestre em geografia

                                Ao redor de algumas cidades grandes e médias do interior do Brasil existem povoados que sobrevivem mantendo, ao mesmo tempo, relações de dependência e identidade própria. Em muitos casos, o lugarejo surgiu de uma antiga estação ferroviária, de um local de mineração passageira, um lugar de pouso para as boiadas tocadas para invernadas mais distantes ou para frigoríficos e, também, podem ter surgido em função da instalação de indústrias, muitas delas fundadas no século XIX. Na medida em que a sociedade brasileira se modernizou, em meados do século XX, foi necessário oferecer estudo às crianças e construir escolas rurais nesses povoados. Concomitantemente, alguém abriu um armazém, outro abriu um bar, um mascate se estabeleceu e a localidade cresceu. Sal, querosene, tecidos, remédios básicos, produtos de cutelaria e louças eram alguns dos itens comercializados.

Para a maioria desses povoados, a decadência veio nos anos 1970, com a intensificação do êxodo rural. Os pais decidiram dar continuidade à educação dos filhos na cidade grande, as atividades rurais de então não ofereciam trabalho aos jovens, as antigas indústrias transferiram-se para os grandes centros urbanos ou foram fechadas pelas multinacionais que se instalavam no país. As cooperativas agrícolas, quando presentes, tiveram existência efêmera, com poucas exceções. Na ausência de crianças, as escolas fecharam ou se concentraram nos povoados maiores — hoje, o ônibus escolar vem buscar as crianças na porta de casa. A ferrovia não precisava mais de tantos pontos de apoio, os trens de passageiros não existem mais. Os povoados entraram em declínio, populacional e econômico. O empobrecimento deixou sequelas sociais e perda de referências culturais.

Restaram os moradores mais antigos e algum proprietário rural que resolveu conservar a antiga residência da família. O bar resistiu. Casas maiores foram adaptadas como alojamento para trabalhadores temporários nas épocas de colheita ou outras exigências das safras nas grandes plantações e monoculturas. A maioria das casas, galpões e armazéns, abandonados, viraram ruínas.

Esse foi o caso do povoado de Itaipu, localizado na região de Araxá, MG. Ali existiu uma antiga estação ferroviária, hoje é uma simpática comunidade rural.

Foi nesse cenário que o jornalista e escritor Luiz Humberto França ambientou seu mais recente livro, o romance-reportagem “A caçada”. Livro de leitura rápida, agradável, que foca seu enredo numa história real: a caçada a um trabalhador rural que, sabe-se lá por quais motivos — mereceria um estudo sociológico —, resolve aterrorizar a população do povoado e tem a polícia em seu encalço por vários dias. Driblando seus perseguidores, demonstrando profundo conhecimento do território onde atua, o homem causou humilhações aos policiais, assustou e trouxe inquietações à população. O pacato povoado submergiu ao medo, as histórias fantasiosas se multiplicaram.

Ágil e competente, o escritor Luiz Humberto França faz o resgate da perseguição policial, sem moralismos ou exaltação de violência. Não existem soluções fáceis, é o que o autor nos conta. Um ponto alto da narrativa é a mescla entre ficção e reportagem, o que deixa o livro mais gostoso ainda. Vamos ler?

Armindo Maia

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